Segundo Carvalho (2007) conetividade “carateriza o estar do sujeito na rede” (p.29). De acordo com o Dicionário Online, conetividade é a “tendência ou possibilidade (de um computador, programa, etc.) de realizar ou fazer operações num ambiente de rede”. Conetividade é não só estar na rede, mas também a coneção entre várias fontes de informação (Siemens, 2005, cit. por Carvalho, 2007). É também necessário que haja conexões entre ideias e pessoas.
Existem factores em profunda mudança, a tecnologia, o acesso à informação, a transformação dos modelos e das relações de trabalho, a demografia em explosão e a alfabetização de milhões, as redes sociais. A escola está pois perante um gigantesco desafio. Só pode desempenhar a sua função de promoção formativa se souber utilizar os mecanismos que os jovens privilegiam na sua socialização. Utilizá-los e contribuir para uma formação criteriosa da utilização dos media. É este enquadramento que suscitou George Siemens a defender uma teoria da aprendizagem designada de conetivismo.
Siemens (2005, cit. por Carvalho, 2007) propôs o conetivismo como teoria de aprendizagem para a era digital, na qual destaca oito princípios: “a aprendizagem e o conhecimento baseiam-se na diversidade de opiniões; a aprendizagem é um processo de conetar nós especializados ou fontes de informação; a aprendizagem pode estar em aplicativos não humanos; a capacidade para conhecer mais é mais crítica do que o que é conhecido; encorajar e manter conexões entre áreas, ideias e conceitos é crucial; a atualização é a intenção de todas as atividades de aprendizagem conetivistas; a tomada de decisão é em si um processo de aprendizagem. Escolher o que aprender e compreender o sentido da nova informação num real em permanente mudança, dado o que é verdade hoje podia já não o ser amanhã” (Carvalho, 2013). O conetivismo supera as antigas teorias da aprendizagem, pois nelas a tecnologia não foi considerada e por isso a transformação do trabalho, a mobilidade social, a aprendizagem informal não eram concebidas. Nesse sentido o conetivismo é mais que uma teoria da aprendizagem, pretende ser uma janela de oportunidades para lidarmos com as questões do conhecimento, tendo em atenção as transformações sociais e culturais que a tecnologia trouxe.
Bibliografia:
Carvalho, A. (2007). Rentabilizar a Internet no ensino Básico e Secundário: dos recursos e ferramentas Online aos LMS.
Carvalho, A. (2013). A nova geração. Geração net, nativos digitais e geração polegar.
De seguida poderão visualizar uma grande intervenção de George Siemens sobre o Conetivismo no Encontro Internacional de Educação 2012 - 2013 da Fundación Telefónica realizado na cidade de Lima, Perú.